AMÉRICO FALCÃO
( Brasil – Paraíba )
PINTO, Yvone de Figueiredo Ferreira. Paraibanos ilustres. São Paulo, SP: Bok2 Edições, 2020. 410 p. 14 x 21 cm.
ISBN 978-85-923219-2-5 Gentileza do Rev. Hakusan Kogen
Rapaz de Branco
(pseudônimo de Américo Falcão)
Pelo braço vos trago um grande poeta
Tipo moreno angelical, franzino,
Das almas deste mundo a mais correta
E dos poetas da terra o mais divino!
Guarda no peito um coração de esteta,
Faz versos desde os tempos de menino...
Tem o semblante de piedoso Asceta
E é grande e forte nas questões de ensino.
Bacharelou-se o ano passados e veio
A dizer e a cantar glorificado:
"Meu engenho pau d´Arco me abre o seio!!...
Quando fala é tão doce e é sempre rindo,
E lá nos engenho vive apaixonado
Por um frondoso o verde Tamarindo!
Do livro Augusto dos Anjos e sua época,
H. Nobrega, p. 46
Quadrinha de Augusto dos Anjos
(comparando o poeta a um Lamartine)
Américo Falcão
"Fazendo mesmo o esforço mais insano
A fonética humana não define
O sentimento deste Lamartine
Que, entretanto, nasceu paraibano."
1909 – do "Novenar", jornal da Festa das Neves,
citado por Humberto Nóbrega
em "Augusto dos Anjos e sua época", pag. 47.
Perfil Chaleiro
O oxigênio eficaz do ar atmosférico
O calor e o carbono o amplo éter são
Valem três vezes menos que este Américo
Augusto dos Anzois Souza Falcão...
Engraçado magríssimo, pilhérico
Quando recita os versos do Tristão
Fica exaltado como um doente histérico
Sofrendo ataques de alucinação.
Possui claudicações de peru manco
Assina no "croquis" Rapaz de Branco
E lembra alto brandão de espermacete...
Anda escrevendo agora mesmo um poema
E há em seu corpo igual a um corpo de ema
A configuração magra de um sete.
Soneto copiado de
"Augusto dos Anjos e sua época"
livro de Humberto Nobrega, p. 45.
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Página publicada em novembro de 2022
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